sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Batendo o pau na mesa



Que fase fálica






Amigo torcedor, amigo secador, que fase, hein, digo, que fase fálica, caro doutor Freud, que carência de bater o pau na mesa, como dizemos na baixaria do mais sujo dos botecos.
Da turma do humor em pé ao futebol, do Rafinha Bastos ("CQC") ao Felipão (Palmeiras), baixou geral o Zé Bordoada, para lembrar o personagem da "TV macho", quadro do "TV Pirata".
Sinto muito, leitor, por tratar de espinhoso, vascularizado e inevitável tema. Poderíamos falar de pedaços mais agradáveis da anatomia humana, como a saboneteira das moças, lírica ossatura exaltada pelo botafoguense Vinícius de Moraes.
Porém estamos aqui, por mais incrível que pareça, para falar do pênis, esse órgão que não saiu da boca dos nossos personagens. Como se a castração, cá voltamos ao freudianismo, fosse iminente. Deita aqui na rede cearense, o melhor dos divãs, que este cronista charlatão explica: há uma angústia da castração na fase fálica dos guris, ali por volta dos quatro aninhos de idade. O medo de perder o bilau. Mesmo.
Recapitulemos, pois. Rafinha respondeu a um e-mail de uma repórter desta Folha, cuja finalidade era cumprir o ofício, ordenando que ela chupasse o seu... Ah, me recuso a escrever essa coisa feia e fálica.
Felipão fez quase o mesmo: "Fotografe o meu p...", disse a outro repórter do veículo.
Os casos dos meninos aqui analisados, Rafinha e Felipão, um diminutivo e outro aumentativo -ou o contrário, não me interessa-, são parecidos. Vivem o mesmo momento. Talentosos aos seus modos, têm emprego fácil em qualquer emissora ou clube.
Estamos falando de um cara de grande público e de outro campeão do mundo. Ambos, porém, passam por maus bocados. Questiona-se o humorista pelo mau humor da incorreção como regra; questiona-se o técnico pela situação do Palmeiras.
Felipão foi peitado como nunca dantes. Macho por macho, e aqui estamos falando na simbologia do pau na mesa, Kleber, o Gladiador, o chamou para um desafio que jamais passaria pela cabeça de um comandante autoritário.
Depois da agressão ao João Vítor, 20 homens contra três no faroeste do Parque Antarctica, Kleber acusou Felipão de expor, de alguma forma, os boleiros palmeirenses a esse tipo de ofensa.
Diante de certos desafios, o homem recorre mesmo ao documento, para saber se não foi castrado. Para saber se está ileso. Pau na mesa. Estou fora. Prefiro não, prefiro as saboneteiras das moças.

xico.folha@uol.com.br
@xicosa

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